Hoje, 2 de abril de 2020, estaríamos celebrando o aniversário de nascimento de Hans Christian Andersen. Falar sobre o grande poeta que foi, falar sobre o gênio criativo desenvolvido por meio de suas vivências, sofrimentos, privações seria apenas repetir o que já se sabe sobre ele. Importante se faz lembrá-lo, divulgá-lo mais, lê-lo com maior frequência e com a mente aberta para compreendê-lo para além de suas histórias tristes, mas com as marcas de uma sociedade classista, elitista e preconceituosa. Eduard Collin, apesar de ter herdado seu espólio e dispor dele como bem prouvesse, foi incansável em suas críticas e em seu descaso pelo poeta. Na verdade, o que estava por trás de toda sua amarga e dura crítica era somente o fato de que Hans Christian Andersen, apesar de ter nascido em um ambiente extremamente pobre, sem os estudos iniciais dentro do tempo certo, projetou-se mundialmente através de sua arte, lembrado até nossos dias. Hoje o Comitê de premiação Hans Christian Andersen estaria celembrando, junto com a entrega do prêmio a 3 novos laureados, 25 anos de trabalho durante os quais deu a conhecer na Dinamarca, mas para além de suas fronteiras, aqueles que divulgam e trabalham com a obra de H. C. Andersen no mundo todo. Recebi esse prêmio em 2004. Foi uma honra para mim. De lá para cá tenho procurado estar presente em todas as celebrações. Hoje ela não acontecerá como de costume. Teve que ser adiada. De qualquer forma quero felicitar ao Comitê por esse imenso e persistente trabalho ao longo de todos esses anos. H.C. Andersen sentia-se muito só, muitas vezes foi rejeitado. Hoje porém, há uma grande família em torno dele mantendo-o vivo, presente por meio de suas maravilhosas e geniais criações artísticas. O Comitê tem uma grande parcela de responsabilidade por meio do trabalho que realiza. É uma honra para mim, pertencer a essa família!
Til lykke!
Autor:
Niels Jørgen Langkilde
Ilustração:
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Fonte:
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Contribuição:
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